Ainda repercute na Paraiba o pronunciamento do diretor Antônio Henriques, do Conselho Regional de Medicina da Paraíba – CRM-PB, durante audiência pública na Câmara Municipal de Campina Grande, que discutiu a Saúde da Mulher, na noite da última terça-feira, 8. Em linhas gerais, o médico defendeu e destacou a importância estadual e histórica do Instituto de Saude Elpídio de Almeida – ISEA, e também cobrou uma maternidade do Governo do Estado no Município.

O renomado ginecologista e obstetra fez um discurso contundente na Câmara e tocou num ponto central em relação ao ISEA. “Não é possível que os gestores públicos não entendam que é impossível Campina Grande, a segunda maior do estado, contar com apenas uma maternidade pública que acolhe a mais de 180 municípios”, disse.

Em seguida, o médico se dirigiu à deputada estadual Cida Ramos e fez uma cobrança pela construção de uma maternidade do Governo do Estado. “Eu me lembro aqui que, desde a época da pandemia, com abertura do Hospital de Clínicas nesta cidade, foi anunciado que teríamos uma maternidade. Estamos esperando!”, proferiu.

Antônio Henriques é também professor do curso de medicina da Unifacisa, foi fundador da Residência Médica em Ginecologia e Obstetrícia do Hospital Universitário Alcides Carneiro e chegou a ser vice-presidente do CRM-PB. Também coordenou o SAMU 192 de Campina Grande e o próprio ISEA. “É um problema enorme, que é desse estado, não é de Campina Grande. O ISEA e seus profissionais não merecem ser condenados, não merecem”, disse.

O Instituto de Saude Elpídio de Almeida é referência estadual em atendimento a gestantes com perfil de baixo e alto risco e mantém uma média de 6 mil partos por ano. Desde o início da atual gestão municipal, foi registrada uma redução da ordem de 35% nos casos de morte materna.