Sob pressão da torcida e diante de uma proposta que teria sido considerada ‘irrecusável’, o Botafogo-PB confirmou nesta segunda-feira (21) que o jogo contra o Flamengo, válido pela 3ª fase da Copa do Brasil, será realizado no Estádio Castelão, em São Luís (MA). O confronto, marcado para o dia 1º de maio, inicialmente aconteceria no Almeidão, em João Pessoa.
A decisão foi anunciada pelo CEO da SAF do clube, Alexandre Gallo, que justificou a mudança tanto pela questão financeira quanto pela reação negativa de parte da torcida alvinegra à divisão de ingressos no Almeidão — anteriormente definida como 60% para torcedores do Belo e 40% para o Flamengo.
“O jogo será realizado em São Luís do Maranhão. Causou muita estranheza esse desconforto da torcida, os protestos. Não esperávamos essa discussão. Estávamos sendo assediados por muitas propostas. A gente não pode perder nosso foco. A gente reviu a questão e fazer a mudança seria satisfatória para gente porque vai acelerar muitos investimentos na nossa estrutura física”, declarou Gallo.
Nos últimos dias, a tensão com os torcedores aumentou após o anúncio do valor de R$ 300 para o ingresso destinado ao setor da torcida do Botafogo-PB no Almeidão. As críticas se espalharam pelas redes sociais e também tomaram forma em pichações nos muros da Maravilha do Contorno, centro de treinamento do clube. O incômodo se intensificou quando parte da torcida considerou injusta a divisão da arquibancada com 40% para o Flamengo, exigindo uma reserva de apenas 10% para a torcida visitante — modelo que a diretoria chegou a defender anteriormente.
“Era inevitável fazer o jogo aqui, queríamos fazer aqui, mas a torcida não entendeu bem as condições. Queremos também um desempenho financeiro bom, e podemos antecipar muita coisa para nosso planejamento de melhorias para o clube. Podemos antecipar muita coisa na questão estrutural. Tentamos fazer a coisa da melhor maneira possível, mas não fomos entendidos”, afirmou o dirigente.
Embora Gallo tenha evitado divulgar cifras, ele garantiu que a proposta recebida pela SAF do Belo foi a maior da história do futebol brasileiro em se tratando de venda de mando de campo. “Estávamos sendo assediados por muitas propostas”, reforçou o CEO. Um dos investidores do clube, Filipe Félix, havia citado recentemente uma oferta de R$ 6 milhões — valor que já causou estranheza diante das rendas médias de partidas semelhantes no país. Segundo Gallo, o montante final foi superior ao especulado, mas permanece em sigilo.
O comprador do mando de campo também não foi revelado até o momento, e ainda não há informações oficiais sobre o valor dos ingressos para o duelo no Maranhão, tampouco sobre a data de início das vendas.
Fonte: WSCOM